Aqui socializo com vocês a nordestinidade que pulsa em mim, através de algumas aventuras poéticas e registros fotográficos dos meus encontros com os SerTões. Confira e NORDESTINE-SE à vontade!
ACOLHIDA DA ESPERANÇA
Agradeço a vocês por terem vindo
Pr’esse encontro de ideias e saberes
Onde partilharemos os fazeres
E os sonhos que trazemos, cá no peito
Desejando que outro mundo seja feito
Pela força e união de todos nós
Apostando que não estamos sós
Mas, ligados a uma grande teia
Como irmãos que comungam a mesma ceia
De esperança, amor e união
Onde o povo liberto da opressão
Comemora a vida em plenitude
Não há força opressora que desnude
Meu desejo maior de liberdade
De justiça, amor e igualdade
Revivo em seu amplitude.
[Joelmir Pinho]
AO MESTRE ANICETO
Partiu deste plano Raimundo Aniceto
Com o seu adeus, enlutece a Cultura
Contudo, sabemos, morre a criatura
Mas, o seu legado ficará como certo
Quem o conhecia e o via de perto
Lembrará, saudoso, do seu trancilim
O mestre Aniceto viveu bem assim
Fazendo folia, alegrando a gente
Se a morte não fosse desobediente
Eu faria um pedido: fica passarim!
[Joelmir Pinho | 16out2020]
LOUVAÇÃO
O Cariri se renova
Com chuva que cai do alto
A terra fica viçosa
Cabrito festeja, em salto.
Menina fica manhosa
Sabiá canta no mato
Enxada bate no chão
Caboclo grita no alto
Começando a plantação
Que logo trará feijão
Pra encher o nosso prato.
E quem chega por aqui
Cheinho de preconceito
Nem acredita no feito
Que se vê no meu sertão
A água corre no chão
Fartura brota da terra
O sertanejo celebra
A vida, que pulsa em festa
E o chegante logo atesta
Nosso amor, nossa alegria
De quem vive cada dia
Com esperança e devoção
Apostando na união
Como força que nos move
Nos ajuda, nos socorre
Na terra da promissão.
[Joelmir Pinho]
QUANDO MORRE UM POETA CANTADOR
Valdir Teles partiu pra outros planos
Foi-se embora deixando seu legado
Quem viveu o prazer de escutá-lo
Vai sentir a saudade por mil anos.
Os seus versos ecoam pelos cantos
Mariana, herdeira da canção
Declarou o seu luto com emoção
E eu me somo a ela em sua dor.
Quando morre um poeta cantador
Se apaga uma estrela no sertão.
Joelmir Pinho,
em homenagem ao poeta Valdir Teles.
Parabéns !
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