Depois de Ranier Oliveira, Dudé Casado, João Nicodemos e vários outros nomes da boa música do Cariri cearense, o projeto Músca ao Pôr do Sol, do SESC Crato, apresenta neste sábado o grupo Sambalanço. A banda traz em seu repertório o diversificado samba rock, que inclui trabalhos de artistas como Seu Jorge, Jorge Ben Jor e Sandra de Sá, apenas para citar alguns.
Mas o segredo da pegada da banda Sambalanço está em tocar releituras de bandas como “Funk como le gusta” e, na falta de tempo, transformar os mais conhecidos sambas de mesa em rock, formando assim a pegada groove do grupo.
A expressão samba rock tornou-se conhecida do grande público através da música “Chiclete com Banana”, gravada por Gilberto Gil em 1972 no LP “Expresso 222” que marcava sua volta do exílio, embora a música já tivesse sido gravada com grande sucesso em 1959 por Jackson do Pandeiro.
Os versos de “Chiclete com Banana”, composição de Gordurinha e Almira Castilho, apresentam, ao mesmo tempo, uma crítica e um desafio: “Eu só boto bebop no meu samba quando o Tio Sam tocar num tamborim”, em alusão às misturas que a influência estadunidense nos trouxe e as mudanças daí decorrentes. Culmina sugerindo um termo que resume seu enredo “é o samba rock meu irmão.” Contudo, não se tem documentado o ano exato em que se começou a adotar este termo para designar a dança bailada pelos negros das periferias. Sabe-se apenas que tudo começou em São Paulo.
De acordo com artigo da dançarina Mychelle Dantas, publicado no sitio Samba Rock na Veia, com a chegada do rock americano as pessoas começaram a misturar os passos do samba da época ao do rockabilly. Assim, nas regiões mais distantes do centro da cidade sempre havia um quintal com um toldo e um vinil tocando aos finais de semana, gente alegre e porta aberta a quem mais quisesse chegar e entrar no mesmo clima.
Serviço |
Música ao Pôr do Sol com o grupo Sambalanço
12 de maio de 2012 | 17h30min
Pracinha do Cruzeiro (Ladeira da Integração)
Crato – Cariri – Ceará
Informações: SESC Crato | 3586-9150
Insurreições 
O Crato me parece ser uma cidade cheia de possibilidades. A cultura é regional é riquissima, parabéns para os artistas da terra, nisso inclui você, caro Joelmir, autodidata que admiro por sua sensibilidade e amizade, um abraço. Celisângela